quarta-feira, 23 de abril de 2008

Dia Nacional do Livro Infantil

A Escola de Ensino Fundamental e Médio Francisco Nonato Freire,

A Escola de Ensino Fundamental e Médio Francisco Nonato Freire, realizou nesta Terça-feira dia 22.04.2008 as atividades correspondentes ao dia 18 de Abril de 2008 que se comemora o Dia Nacional do Livro Infantil, onde os educandos realizaram atividades como teatro, declamação de poesias, resumos orais de obras trabalhadas em sala de aula, soletrando, referentes a paradidáticos estudados anteriormente.



A Escola de Ensino Fundamental e Médio Francisco Nonato Freire,







sexta-feira, 18 de abril de 2008

Um gigante de olhos azuis




Construído em 1943, a princípio o Taborda constituiu-se num “centro” para onde convergiam dezenas... centenas de trabalhadores, impelidos pelas necessidades prementes, fruto do desemprego e da miséria que ao longo do tempo tem submetido a duras provas o nosso homem do campo, esse batalhador incansável que, da sombra humilde de sua choupana, contempla a indiferença dos poderosos e só lhes pede uma coisa: trabalho.

Foi com o trabalho de mãos calejadas e assinaladas pelas inclemências da vida, que se construiu o açude Taborda, nos idos de 1943, com o objetivo de aproveitar as águas do riacho de igual nome, que nasce na caatinga e vai deslizando em torvelinhos de espumas entre morros e tabuleiros, até desaguar no rio Figueiredo, em busca do seu objetivo final. Já naquela distante década o bom senso prevaleceu. Além do trabalho proporcionado a centenas de famílias, à época da construção, muitos outros benefícios foram concedidos no decorrer do tempo. Com as precipitações ocorridas nos anos que se sucederam, um manancial de águas azuis foi se formando e, numa região seca como a nossa, é desnecessário dizer o quanto elas foram, e continuam sendo, úteis ao nosso rurícola.

Com aproximadamente doze milhões de metros cúbicos de água, o Taborda divide com o açude Várzea Grande (localizado na Fazenda de igual nome, também no município de Alto Santo) o título de maior açude particular do Ceará.
Em suas águas, que ora apresentam-se revoltas(ô) e rumorejantes, ora pacatas como o coração de uma criança, muitos sonhos já nasceram. E muitos morreram também. Mas, falemos apenas daquilo que está à altura de nossa capacidade. Os sonhos que se apagaram para sempre num mergulho, decerto foram purificados pelo azul diáfano das águas desse gigante pacífico.

Sim, um gigante pacífico e de “olhos azuis”, conforme intitulamos esta crônica, cujo objetivo primordial é enaltecer os grandiosos feitos desse ser que, através de diversas gerações, só tem ensejado o bem a quantos se aproximam de seu habitat.
Senão vejamos: ao viandante exausto de longos dias de viagem oferece a sensação agradável de um gostoso banho; ao sertanejo cansado dos duros labores cotidianos e marcado pelas asperezas de um sol causticante, dedica a suavidade de uma brisa amena e reconfortante que se constitui num verdadeiro refrigério da alma; à juventude, o direito ao lazer sadio nos domingos de sol; ao agricultor propicia água abundante para manutenção de sua lavoura, que produz o alimento necessário ao seu próprio sustento e de sua família; ao poeta, o direito de sonhar e encontrar inspiração, ao contemplar embevecidamente a pureza do azul de suas águas.

Dizíamos no início desta crônica, que já naquela distante década de quarenta, o bom senso prevaleceu. Perguntamos hoje: por que as autoridades não aproveitaram o exemplo magnífico da construção do Taborda e construíram outros açudes de igual ou maior porte, para a redenção econômica do nosso município e municípios vizinhos? Por que não se construiu até hoje o açude sobre o rio Figueiredo? Estas indagações pairam no ar à espera de uma resposta.
Se nos fosse dado o direito de dizer algo a todos aqueles que são responsáveis pelos destinos do nosso povo, não diríamos nada de original. Repetiríamos apenas as palavras do Padre Antônio Tomaz: “Construam-se açudes aos centos, aos mil; e brotem searas nos ermos do agreste e seco Nordeste do nosso Brasil.

Fonte: Alto Santo de ontem e de hoje, p-81, 1985 – Nicodemos Gomes Napoleão

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